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quarta-feira, 7 de julho de 2010

QUE MARCOS QUE NADA!

No Reino encantado de Mucinho... mais um caso.

Eu lavava meu carro com o sr. ... (desculpe o termo) Furico.
Não posso usar outro nome, porque o nome/apelido dele era este.
Ele trabalhava no Posto de Gasolina daqui de Mucinho.
Quando eu ia deixar o carro era aquela agonia....
Não ia mandar chamar "seu Furico" de maneira nenhuma!
“Queria falar com Seu Furico...”
“Preciso que Seu Furico lave meu carro...”
“Como encontro seu Furico?”

Com que cara eu ia dizer isso?
Eu, trabalhando com o Juiz da cidade, tendo que colocar moral....
E então, ficava no disfarce....
"olha, cade o rapaz que lava o meu carro?"
"Quem é?"
“É um que sempre está por aqui?”
“Tem muitos...”

(CARAMBAAAAAAAA)
"É um baixinho... magrinho..."
"Ah! É o FURICO".

E eu, na maior cara de pau, fingia que não tinha ouvido. Virava o rosto, fazia qualquer coisa....
Furico aparecia, lavava meu carrinho, e estava tudo certo.
E assim passaram os meses, e muitas lavagens mais aconteceram.
Até que levei um carão de um amigo meu, dizendo que eu devia perguntar o nome dele e chama-lo pelo nome.
Que este apelido degradava o ser humano que ele era, e etc e tal.
Me senti um lixo de ser humano.
Eu, que tento tanto ser uma pessoa melhor, ficava rindo com meus amigos do "seu Furico" que lavava meu Raposão (o nome do meu carro).
Pois bem, perguntei o nome...
MARCOS.
Agora poderia chama-lo pelo nome, e minha consciência estaria limpa de toda mácula.
"Por favor, cadê o Marcos?"
"Quem?"
"Marcos, que lava meu carro?"
"Quem é Marcos?"
"Ele lava meu carro..."
"Não sei quem é Marcos..."
"É um baixinho, magrinho..."
"Ah! É o FURICO!!!!!"

Juro que deu vontade de dizer:
É SIM, É O FURICO, FURICÃO, SEU FURICO MESMO!

E assim, nunca mais chamei Furico de Marcos, e minha consciência nunca mais doeu.

Um comentário:

  1. Fá, eu fico imaginando tua cara!!! kkkk
    Cara de quem não quer rir mas já se abrindo.

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