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sexta-feira, 9 de julho de 2010

NÃO ACREDITO EM TELEFONES...

Outro dia estava conversando com uma amiga sobre o conhecimento da física e da química.

Tudo na natureza, de uma certa forma, pode ser decomposto nestas duas ciências... e isso me lembrou um papo muito antigo, que tive com meu priminho que então tinha uns 8 aninhos, e contei pra ela.

Meu priminho me perguntava do que nós éramos feitos.
Comecei a explicar que tínhamos muuuuuuuuuuuitas células, e que cada uma tinha a sua função. Tinha as células do pulmão (e aí dei uma inspirada profunda pra ele ver o pulmão se encher), elas pegam o oxigênio de fora pra colocar pra dentro. Tinha as células da pele, que protegia nosso corpo contra as sujeiras. Tinham as células da cabeça, que fazia a gente pensar... e por aí foi.

Depois desta explicação simplória, ele perguntou do que eram feitas as células.

Bem.... a natureza tinha muitas substâncias diferentes. E cada substância tinha uma parte bem pequenininha que se chamava átomo. A natureza tinha muitos átomos diferentes que se juntavam e formavam uma nova coisa. H2O fazia a água, que era feita de dois átomos de hidrogênio com um de oxigênio. Se em vez de colocar um só oxigênio, a gente juntasse dois, formava H2O2 que era a água oxigenada, que a gente coloca nos ferimentos, e que era diferente da água só por causa de um atomozinho de nada. Então a natureza era cheia de combinações diferentes... todas feitas destas partes bem pequenas chamadas de átomos.

Ele pensou, pensou, e então me perguntou se nós éramos feitos de átomos.

Sim, somos. Somos feitos de muitos, muitos, muitos átomos que se juntam. Tudo é feito de átomos que se juntam. Os bichos, as cadeiras, as escolas, o ar, as nuvens, as comidas, tudo tudo.

E porque a gente fala, e as cadeiras não?

(...)

Bem, temos vida. E a vida é inexplicável. De repente nossos átomos formaram células, e nossas células ganharam vida. Um sopro de vida que foi dado por Deus. Quando este sopro for embora, nossas células morrem e viram apenas átomos, como as cadeiras. Somos feitos das mesmas substâncias que fazem todas as coisas, mas algumas coisas ganham vida e outras não. O que nos faz diferentes das coisas é este milagre da vida, que não se explica.

Nunca mais esqueci este papo. Não sei se na época meu primo entendeu direito tudo isso. Mas pela primeira vez eu tive esta visão de loucura da vida. Do milagre da vida. Do sopro que é dado a alguns átomos.

Pois é. Minha amiga também nunca tinha pensado assim. E depois de algum silêncio, ela me perguntou se eu acreditava em tele-transporte-molecular (ou algo assim).

É, acho que não acredito. Estranho isso de minhas moléculas saírem por aí...

E quem acreditava no telefone há uns 200 anos atrás, argumentou minha amiga. Não é esquisito uma pessoa falar aqui e ser ouvida no Japão?

(Hum....)

Esquisitíssimo!
Sabe de uma coisa? Também não acredito no telefone!!!!!!

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