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terça-feira, 29 de outubro de 2013

RADICALISMO E OUTRAS PALAVRAS DA MODA.

RADICALISMO.
Penso que esta palavra virou moda.
Chamamos de radical tudo que de uma certa forma nos tiram da nossa zona de conforto?
Eu sou tachada de radical por não comer carne nem derivados de animais. Mas poucas pessoas pesquisam ou sabem o que esta prática causa ao meio ambiente, aos animais, a outros seres humanos... Só o fato de eu não comer carne já incomodo muita gente que não quer nem pensar sobre esse assunto.
E então virei radical.
Mas não vou entrar neste mérito, apenas quero que fique claro que olhando por outro lado podemos chamar de radical a prática inversa.
Radical, por exemplo, posso dizer que é obrigar trabalhadores a se espremerem num trem todos os dias para ir trabalhar. Radical é um plantador de soja para gado que já é podre de rico matar um índio
miserável no mato Grosso para poder tirar as terras dele. Radical é desapropriar moradores de ZEIS para construir complexos empresariais e ganhar muito dinheiro com isso. Radical é a política das cidades que incentivam a compra de carros mas não viabilizam outros modais, deixando os pobres andando de bicicleta no meio do caos.
Radical é muita coisa!
Mas precisamos ter olhos atentos para o uso deste termo por pessoas que ganham com a miséria. Quando ouço o termo "radical" usado (mesmo que subliminarmente usado) pela mídia dominante já sinto que algo bate fofo.
Como dizia Leon Tolstoi: os ricos farão de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.
Pergunta chave: Quem lucra com a situação do jeito que está?

PANCADARIA = VIOLÊNCIA
Pessoalmente eu tento domar a violência que me habita.
Eu, como pessoa, todos os dias tento me conectar com a não violência.
Procuro fazer com que meus atos não façam nenhum ser vivo sofrer. E ao ofertar a paz, encontro paz dentro de mim.
Mas como ser coletivo não penso da mesma forma.
A inércia muitas vezes é propositalmente confundida com a paz, ou com sentimentos nobres, por pessoas que lucram com situações estabelecidas.
Bateram num comandante, não foi?
Acho isso lamentável.
Ele virou um ícone, um mártir.
Pois muito bem. E igualmente viraram mártires os professores espancados no RJ?
Alguém entrevistou mães de famílias que tem como profissão o ensino?
Profissão esta, diga-se de passagem, nobre só na teoria porque aqui no Brasil ela é lixo.
Alguém?
Porque será que a mídia não tratou de forma igualitária situações de violência?
Pergunta chave: Quem lucra com a situação do jeito que está?

CAUSA
O que é uma causa?
Quem a tem?
Quem se preocupa em ter algo para chamar de "sua causa"?
Quem sai do sofá por algo que acredita?
Madre Tereza saía? Irmã Dulce? Ana Paula do Greenpeace? Será que Jesus saía?
E agora eu fui longe em colocar o nome de Jesus nessa loucura?
Mas Jesus desceu o sarrafo no templo, e deu-lhe chicotada no quengo de um monte de pais de família, foi não?
Vândalo! Um vândalo!!!!!!!
Mas quero fazer uma pergunta...
Pelo que lutamos? Por nossos filhos, nossa casa e nosso patrimônio?
O que faz uma pessoa lutar por algo que todos dizem que nunca vai mudar?
Pra que deixar o sofá, pra que deixar de assistir o fantástico show da vida, para arriscar a própria vida?
Será que o que motiva essas pessoas é realmente arriscar o pescoço para quebrar ônibus?
São perguntas. Questionamentos.
Minha causa está longe de vencer essa Matrix, mas nem por isso eu paro.
Pergunta chave: Quem lucra com a situação do jeito que está?

SER A FAVOR DE QUE?
Sou a favor da Paz.
Sou a favor de menos consumismo e por isso luto todos os dias com a gigante promessa de felicidade através do que posso comprar.
Sou a favor de que os animais tenham vida digna, e por isso os tirei da minha mesa e do meu uso (pelo menos o máximo que posso).
Sou a favor de transporte digno para todos, por isso sou contra essa máfia dos transportes públicos.
Sou a favor do uso racional dos veículos automotores, para uma cidade mais humana, com calçadas transitáveis, ciclofaixas e ruas arborizadas.
Sou a favor de Black Blocs que invadem um canil para salvar animais com dentes colados com superbonder.
E sou a favor de Black Blocs que quebram ônibus.
Eita, agora fui longe demais?
Pois acho que se todos quebrassem ônibus cacarequentos e entupidos de gente, se recusando a ser robôs idiotizados, e se exigissem qualidade de serviços, talvez os grandes empresários de transportes
(financiadores de campanha e colaboradores de mídias estúpidas) pensassem duas vezes antes de oferecer sucata como transporte público.
Pergunta chave: Quem lucra com a situação do jeito que está?

PIMENTA NO CU DOS OUTROS É REFRESCO.
Também acho!

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