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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Entre o feliz poeta e o esfomeado, onde você está?

Fico pensando o quanto as pessoas se chocam com esta foto do Rio Solimões, e suas tartaruguinhas sendo roubadas e mortas.
É uma visão horrenda!
Mas vejam as pessoas... serão elas poetas ou esfomeadas?


E então lembro de mim, e de quanto desequilíbrio ecológico eu já causei com meu hábito de um churrasquinho de domingo.
Quantas onças pintadas já ficaram sem mata, quantos filhotes de macaquinhos já morreram despencando de árvores, quantas araras eu já expulsei pra longe, quantos rios eu já sequei.
Nunca me achei ignorante, mas era cega... e isso acaba dando no mesmo, pelo menos para os animais.
Não queria ter mais problemas.
Não queria saber de sofrimentos que não fossem os meus.
E repetia sempre que os animais foram criados para esta função... talvez na ânsia de que minha alma acreditasse neste embuste.
Não me interessava a informação de que a criação de animais para abate é o maior responsável pela poluição da água, nem que 80% das áreas cultiváveis são usadas - direta ou indiretamente - para a criação de animais, que a indústria de atum enlatado é responsável pela morte de mais de 150 mil golfinhos por ano no Oceano Pacífico... e tantas outras barbáries!


Eu era uma poeta esfomeada de misericórdia, de entendimento, de consciência.
Eu era uma poeta esfomeada da essência de despertar e ser com ela a mesma que sou: NATUREZA!


E a música de Gilberto Gil eu sempre canto triste: "a novidade que seria um sonho, o milagre risonho da sereia, virava um pesadelo tão medonho, ali naquela praia, ali na areia..."


Que Deus nos salve de nós mesmos!

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