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quarta-feira, 11 de julho de 2012

A ESPERANÇA.


Estávamos em um bate papo besta, falando sobre amenidades, quando ele fixou-se nos meus olhos e disse:
“Hoje acordei e descobri que nunca fui feliz na minha vida, que meus 40 anos foram uma mentira!”
Tentei desesperadamente não demonstrar o meu choque, mas meu peito ficou em polvorosas.
Respirei profundamente, olhei-o com ternura, sorri.
E então conversamos sobre Esperança.

Em minha vida, nos meus momentos sombrios, eu fechava os olhos e me imaginava no colo de uma velha senhora negra, em uma acolhedora cozinha com um fogão a lenha, onde ela sempre me dizia: “Filha, tudo passa! Tudo sempre passa, e tudo sempre acaba bem!”
Não sei por que esta imagem acalma meu coração.
Talvez porque imagine os negros abraçados aos Baobás africanos, deixando pra trás suas histórias esculpidas na árvore do esquecimento.
Talvez porque saber sobre seus gritos de saudade me faz uma com cada um deles.
Talvez porque tenha descoberto que na dor somos todos iguais.
Talvez porque eu também abracei um Baobá.
Talvez porque um colo seja tudo que a gente precise às vezes, mesmo que seja um colo imaginado. Isso nos dá força!
E quanta força é necessária para abandonar o passado?
Quanta força é necessária para seguir com passos firmes rumo ao desconhecido?
Quanta força é necessária para saber que tudo passa?
Quanta força é necessária para se reconhecer eterno?
Pois eis a chave para todos os calabouços de desespero, a cura de todas as angústias, o remédio para todas as tristezas: descobrir a imensidão do eterno! Descobrir-se sem fim.

Esperança não se ensina, se partilha!
Não posso mostra-lhe o quanto de esperança tem o meu coração a não ser pelos meus atos, pela minha paz, pela minha alegria.
As pessoas, meu irmão, percebem-se numa outra dimensão bem maior do que o limite do corpo. Somos energia.
Tire a culpa, tire o ataque, tire o julgamento, tire a condenação e vai restar o eterno. Deixe o eterno e você vai encontrar alegria, paz, amor e ESPERANÇA.
E com esperança a gente nunca vai se achar infeliz.
Tente!
Isso realmente vale a pena...

Um comentário:

  1. EEu sou eu e minha circunstância. Se não salvo a ela, não salvo a mim".
    E como assegurar essa “salvação”? Mudando a realidade, em vez de se submeter, passivamente, a ela. (Ortega & Gasset).

    Excelente texto,Mikinha e acho que a esperança se renova sempre que ficamos em busca de segurar as rédeas das circunstâncias que nos rodeiam (seja boas ou ruins). É isso que nos mantém com vitalidade.

    Muito bom! Abração. paz e bem.

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