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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Réveillon

Eu não gostava da festa de ano novo.
Achava sem lógica tanto carnaval por uma mudança de calendário.
No dia primeiro de janeiro acordava cansada, para enfrentar um dia com cara de domingo, sem que nada na minha vida tivesse mudado. Eu era a mesma, e tudo estava no mesmo lugar.
Era tão sem sentido pra mim que, muitas vezes, na virada do ano novo, eu estava dormindo.

Hoje, no entanto, não vejo mais o Réveillon desta forma.
Precisei acalmar meu coração, perceber a unidade que existe em tudo e em todos, para então ter a certeza que a energia do bem que impregna magicamento o ar no dia 31 de dezembro pudesse me atingir e me fazer feliz.
Sei que nem todos os povos comemoram a virada do ano com o nosso calendário. Mesmo assim, são muitas as pessoas, em todo o planeta, desejando paz, saúde, felicidade, amor e sucesso uns para os outros.
Neste ano pude sentir, pela primeira vez na minha vida, as intenções por trás de espumantes e música de carnaval. É a personificação da ESPERANÇA que cada um de nós carrega em nossos corações.
Um ano novo, folhinhas de calendário totalmente em branco onde podemos escrever coisas novas, mudanças de postura, viradas de vida.
É aquele sopro de energia extra, quando já estamos exausto de tanta luta, do dia-a-dia enfadonho, de tantas frustrações, de tantas resoluções e escolhas erradas.

Hoje faço questão de reavaliar o que vivi.
Arrumar meu guarda-roupa, jogar fora o que não uso, sentir o que preciso, perceber as inúmeras coisas que guardei e que não precisava.
Nesta atitude prática que executo, está implícito as coisas e situações entulhadas, que precisam mudar, acabar, melhorar, continuar.
Arrumo, junto com as roupas, meu próprio coração.
Paro para escuta-lo.
Paro para receber as tantas boas novas que me são dadas por amigos queridos.
Sinto toda a unidade deste universo imenso, que também carrego dentro de mim.

Neste início de ano, eu sacudo o corpo e deixo cair no chão as culpas, as dores, as faltas, as frustrações e os planos que não consegui executar em 2010.
Não preciso carregar peso extra.
Não preciso das mesmas histórias.
Não preciso dos mesmos caminhos.

Hoje percebo o quanto fui boba em achar que era só uma mudança de calendário.
O amanhecer do dia primeiro de janeiro parece apenas mais um amanhecer, no entanto carrega em seu dorso todas as boas intenções transmitidas durante o explodir dos fogos de artifícios.
Aproveitar esta energia e mudar, na vida, um ano velho e roto, para um ano novinho e cheio de esperanças é uma boa meta para 2011.
Feliz Ano Novo!

2 comentários:

  1. Fatinha, que coisa interessante esse seu ponto de vista. Eu sempre pensei como você pensava antes, que depois seria tudo igual, sem me dar conta da energia que impregna essa data.
    Você tem razão. Que bom que dividiu conosco.

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  2. Eu nunca pensei assim..na verdade...algumas vezes desprezei ritualisticas, mas só por não entender o significado delas. Tudo que se faz nesta data segue o ritmo do Universo, começo, meio e fim de ciclos...Qd podemos avaliar tudo o que foi feito ou que se deixou de fazer, para reafirmar ou mudar o que se deseja.

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