No mundo de hoje a gente acorda num sobressalto, já de ante mão atrasado para alguma coisa. Engole o café da manhã, sai pra levar crianças no colégio, sobrevive aos engarrafamentos atrozes, vai para o
trabalho, passa o dia normalmente resolvendo broncas.
Na volta pra casa é a mesma história ao contrário: maratona de transito, falta de paciência, o pão pra comprar, a empregada que faltou, e por aí a coisa caminha mal, muito mal.
Quando, enfim, chegamos em casa, diga-me se estou errada, a primeira coisa que fazemos é ligar a televisão.
Comemos olhando de ladinho a novela das seis, tomamos banho ouvindo o repórter local, depois sentamos no sofá para a nossa sessão diária de zumbizamento.
Todos os dias (TODOS OS DIAS!!!!) perdemos umas duas horas no mínimo com o zumbizamento.
Justificamos dizendo que estamos cansado de pensar, passamos o dia todo resolvendo broncas, estamos estressados, e a televisão acalma.
Errado meu irmão...
A televisão devora seu cérebro!
Você não tem tempo de pensar nem sobre quem é você.
Não lê um livro, não conversa com a família, não olha as estrelas, não ouve uma boa música, não faz nenhum trabalho manual, não faz absolutamente nada a não ser ficar em posição de semi-vida num sofá
cada vez mais confortável.
Então reclamamos que os dias são iguais, que a vida é igual, que nada tem sentido, que tudo é uma merda.
E temos razão em afirmar isso!
Mas eu tenho uma proposta: vamos estipular o "dia não-zumbi"?
Neste dia a gente não liga a televisão pra nada.
De manhã compra o jornal e lê em voz alta as notícias para a família.
No almoço coloca Mozart no som.
À noite.... usamos a criatividade!
Vamos fazer pão.
Vamos ver estrelas.
Andaremos de bicicleta.
Dançaremos na sala com nossos filhos, pode ser dança maluca.
Contaremos o nosso dia e escutaremos como foi o dia dos outros.
Inventaremos um hobby.
Pintaremos cerâmica, modelaremos barro, faremos colar com contas.
Arrumaremos o chuveiro, limparemos o ventilador.
Leremos um livro.
Jogaremos palavras-cruzadas com sua família.
Qualquer coisa serve...
E então ganharemos vida!
Ganharemos VIDA, meu irmão....
Por favor!
E então perceberemos o quanto este quadradinho elétrico é dispensável...
Crônicas do dia-a-dia e alguns pensamentos. A vida cotidiana tem muitas histórias que merecem ser contadas.
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