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domingo, 28 de novembro de 2010

Quando amamos alguém...

Quando amamos alguém, nos preocupamos com a felicidade desta pessoa.
Pensamos nela.
Lembramos de coisas que possam fazê-la feliz.
Agradamos. Cuidamos. Somos atenciosos.
Percebemos quando ela está triste, alegre, ansiosa.
Observamos quem amamos com um olhar atento.

É verdade!
E então, foi-me feita uma pergunta bem capciosa...

Você se ama?

Esta não é uma pergunta com resposta automática.
Antes de respondermos um sonoro SIM, temos que fazer outras perguntas...

Pensamos em nós mesmos?
Lembramos de coisas que possam nos fazer felizes?
Fazemos coisas que nos agrade?
Cuidamos de nosso corpo, nosso espírito, nossa mente?
Somos atenciosos conosco?
E a pergunta que mais precisa de resposta: Observamos quem somos nós?

Não sei vocês que lêem este blog... mas eu, muitas vezes, nem soube quem eu era.
Não encontrava tempo para uma trégua, para que eu pudesse olhar para dentro de mim.
Do que eu realmente gostava?
E do que eu não gostava e nem me dava conta disso?
Aliás, este tipo de pergunta não pode ser feita no passado.
O tempo verbal tem sempre que ser sempre o PRESENTE.

Do que eu realmente gosto?
Do que eu não gosto mas tenho que suportar?
Tem algo que eu não gosto e não percebo?
O que me falta? O que me sobra?
Do que preciso?
O que estou fazendo por mim?
Tenho tempo para estar comigo?
Quantas pequenas surpresas eu fiz pra mim hoje?

Como podemos amar alguém de verdade se nem nos conhecemos?
Como podemos amar alguém se não amamos a nós mesmos?
Como podemos ter tempo para o outro se atropelamos quem somos?

Amar o próximo como a si mesmo parece piada agora.
Melhor seria dizer que odiamos o próximo como nos odiamos.
Somos intolerantes conosco e com os outros.
Não temos paciência para nos ouvir, nem para ouvir o outro.
Não respeitamos os nossos limites, nem respeitamos o limite do próximo.

A verdade liberta, mas para nos libertarmos dos nossos grilhões precisamos ter consciência do que é verdadeiro pra nós.

Eu me amo?
Não consegui responder a pergunta, e se for respondê-la agora talvez dissesse um NÂO.
Mas é um bom começo saber que esta pergunta existe, e precisa de resposta:

VOCÊ SE AMA?

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